Fernanda Santos

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Acadêmica de Enfermagem (EEAN/UFRJ) Técnico em Enfermagem - Instituto de Pediatria Martagão Gesteira/ UFRJ.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Dar... doar... é ceder algo, sem interesse, sem esperar nada em troca. Quando damos algo a alguém, esperando receber gratidão, ou almejando algum tipo de reconhecimento, na verdade não estamos dando nada, estamos mesmo é comerciando, pois dar algo em troca de outra coisa de valor semelhante é escambo. Escambo é um tipo de relação comercial onde não figura o dinheiro mas as coisas são trocadas entre as partes, de acordo com o valor a elas atribuidos, em comum acordo.

Se você fez alguma coisa a alguém, e este alguém esqueceu-se de te agradecer, não fique triste... você deu o que provavelmente você tinha de melhor a ofertar (seu tempo, sua paciência, seus ouvidos, um abraço, sua companhia, algum bem material, sei lá!), você fez uma boa ação... mas a pessoa ainda não estava pronta para receber, ou por não ter ainda aprendido a dar o valor devido ao que você lhe ofertou, ou por simplesmente não ter em si o sentimento de gratidão.

Mas isso pouco importa! Ao dar, doar, se dar, você imprime uma marca no universo, sua alma fica em júblio, você exercitou uma porção divina que existe em você... Isso sim, é o que realmente importa!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Conversinha sobre bagagens...

Estava conversando com uma pessoa querida, e esta pessoa estava angustiada. Havia sido procurado por um parente que há muito não dava notícias, e este parente disse que precisava se redimir, pois está muito doente e teme morrer sem ter recebido o perdão de todos aos quais ele acredita ter magoado nesta vida.
Bom, primeiramente, acredito que quando uma pessoa tem a consciência de que seu tempo neste mundo é finito, ela percebe a necessidade de carregar apenas aquilo que realmente interessa. Ódio, mágoas, rancor, ao meu ver, são como um peso morto que só atrasa nossa caminhada. Muito bom que uma pessoa consiga ter a percepção de que suas atitudes afetaram aqueles que conviveram com ela. Mesmo que tardia, ela é sempre válida, pois sempre há tempo para escrever um novo capítulo da nossa história...
Mas a angústia do meu interlocutor era sobre o que iria dizer ao seu parente. Ele começou a ensaiar um monólogo onde recordava algumas das situações em que este parente o magoara... bom, eu não me contive, pois, faladeira que sou, interrompi meu querido amigo e disse-lhe que estava errado. Falei da minha opinião sobre o que é perdoar e como acredito que se deve ofertar o perdão...
Perdoar não é esquecer o passado, pois o que passou jamais será apagado. Perdoar, para mim, é deixar de carregar o peso do que passou. Acredito que quando a gente se desobriga de carregar o fardo do rancor, da mágoa, da tristeza, nossa bagagem fica mais leve, abre-se espaço para colocar coisas que realmente velem a pena serem carregadas, como lembranças de um dia feliz, sorrisos, realizações, enfim, e normalmente estas coisas são mais leves, cabem muito mais coisas boas quando deixamos as coisas ruins para trás.
Falei de como fazer isso. Para mim, é algo simples, mas é preciso treino. Quando alguém tem algo a nos dizer, partindo do pressuposto que quem tem algo a dizer é outro e não a gente, nós deixamos esta pessoa se esvaziar primeiro, falando do que sente e sobre o que precisa dizer. A nós cabe apenas ouvir (afinal, quem tinha algo a dizer era o outro, não é?). Depois eu creio que devemos ajudar essa pessoa a começar a se preencher com algo novo... ela já descarregou o peso que trazia consigo, mas espera levar algo em troca... então, aí entra a melhor parte. Damos a ela algo leve, doce, que ela vai ter o maior prazer em carregar... dizemos apenas o que importa, sem remoer mágoas, sem relembrar tristezas: dizemos apenas "obrigado, eu te perdôo, o passado passou, vamos seguir em frente!". Que estas palavras sejam verdadeiras, não há necessidade de pisar em quem já está caído... para quê fazer sofrer uma pessoa que vem até nós para aliviar a alma? No fundo, o grande presente que damos não é para o outro, é para nós mesmos...
Bom, meu querido amigo ficou muito feliz em ouvir minha opinião, senti que ele também estava deixando um peso para trás, o peso de ter que julgar, e que agora a tal conversa com seu parente distante seria muito mais proveitosa. Ganhamos todos, graças a Deus!

sábado, 18 de abril de 2009

a flor e os pássaros

oh , um dia lindo de ver...
uma coisa que floresce...
uma flor , que desabrocha...
uma coisa que nos ajuda a viver...
que é cheiroso e nos acalma...
uma coisa tão doce, como uma flor.
que nos dá vida, paz, alegria...
e nos dá principalmente o dom de amar!
que nos permite ser livres e voar , como pássaros...
e poder cantar...
um canto tão belo...
que podemos ser e acreditar em qualquer coisa do mundo!!
(Rian Alexander de Oliveira)

Amor que invade, amor que nasce...

Ah, amor...
Sentimento que tantos poetas já versaram,
que não é palpável,
mas que pesa, marca, amarra...
Quem ama, sofre por ter em si uma dor que queima e arde
Mas quem não ama, coitado deste, nunca vai saber
que a chama que invade, dilacera e queima a carne
também aquece, enternece, enlouquece
é vinho doce de beber.
Embriaga, entontece, amarga a falta
mas jamais desaparece...
Só quem já amou entende
só quem já viveu ou sente
sabe que o amor é a melhor coisa da gente...
que nos permite viver, sorrir...
sonhar... seguir em frente.